Aplicando o método F4P

Em um post anterior falei sobre os conceitos por trás do método Fit For Purpose, agora é momento de entrar na parte prática e entender como ele pode ser aplicado.

A aplicação do método consiste em quatro partes principais:

  1. Envio do cartão (F4P card)
  2. Análise do resultado (Fitness Box Score)
  3. Definição de segmentos
  4. Criação de métricas

1. Envio do cartão

O cartão é composto por três perguntas (parafraseadas livremente):

  1. Nos conte até 3 razões ou motivos de ter escolhido nosso produto ou serviço.
  2. Para cada razão citada, dê uma nota de 0 a 5 sobre quanto o produto ou serviço atendeu às suas expectativas:
    • Nota 5 – Foram superadas
    • Nota 4Foram totalmente atendidas
    • Nota 3De modo geral foram atendidas, mas deixaram a desejar em alguns pontos menores
    • Nota 2Algumas necessidades importantes não foram atendidas
    • Nota 1A maior parte das minhas necessidades não foram atendidas
    • Nota 0Nada foi útil
  3. Qual foi o motivo para você escolher cada nota?

Considerações

Veja que as perguntas se baseiam em experiências reais do consumo do produto e tentam ser objetivas. É importante que o cliente escolha até 3 motivos, para que se foque nos objetivos principais, sem se dispersar com os secundários.

As notas são somente de 0 a 5. Quando se escolhe de 0 a 10, a tendência das notas serem interpretadas de forma diferente, é maior. Por exemplo, o meu 8 pode ser diferente do seu 8.

2. Análise do resultado

Para se ter uma visão geral dos resultados, é criado o Fitness Box Score

60 / 30 / 10 (30) 15 / 20

Ler da direita para a esquerda:

  • De 20 cartões distribuídos
  • 15 foram respondidos
  • 30 propósitos foram identificados
  • 10% dos propósitos não foram atendido (nota 0, 1 ou 2)
  • 30% dos propósitos foram atendidos de forma neutra ou medíocre (nota 3)
  • 60% dos propósitos foram atendidos satisfatoriamente (nota 4 ou 5)

3. Definição de segmentos

O próximo passo é perceber os diferentes segmentos e verificar como eles são atendidos.

Por exemplo, um restaurante pode utilizar o método e descobrir que parte dos clientes utiliza seu serviço, pois não tem comida pronta em casa: são clientes casuais. Outra parte vai para comemorar aniversários e outras ocasiões especiais. Percebe então que os clientes que vão para comemorar estão muito satisfeitos, porque o ambiente é legal e a comida é de qualidade. Porém, o público casual sai insatisfeito, pois os pratos demoram a sair e há poucas opções individuais.

Desta forma, o restaurante pode conhecer melhor os segmentos de clientes e decidir quais ele quer melhorar, manter ou até desligar. Não necessariamente manter todos os segmentos é vantajoso para o restaurante.

4. Criação de métricas

A partir do momento que se conhece os segmentos e o que eles necessitam, fica mais fácil de criar as métricas e metas para cada um. Neste post a parte de métricas é aprofundada. Elas ajudam muito a acompanhar a evolução do serviço, e apoiar a melhoria contínua.

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